15 de Agosto de 2022
- 2º Grau
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Detalhes da Jurisprudência
Processo
Órgão Julgador
Publicação
Julgamento
Relator
Acesse: https://www.jusbrasil.com.br/cadastro
Inteiro Teor
Superior Tribunal de Justiça Revista Eletrônica de Jurisprudência |
RELATOR | : | MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR |
AGRAVANTE | : | MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL |
AGRAVADO | : | LUIS GUSTAVO DE MELLO CEZAR (PRESO) |
ADVOGADOS | : | FLÁVIO RODRIGUES LELLES - MG073312 |
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS |
EMENTA
ACÓRDÃO
Brasília, 02 de abril de 2019 (data do julgamento).
O EXMO. SR. MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR: Trata-se de agravo regimental interposto pelo Ministério Público Federal contra decisão de minha lavra, na qual concedi a ordem de habeas corpus, nos termos da seguinte ementa (fls. 287⁄289):
Afirma o agravante que a decisão agravada merece reforma, haja vista que a natureza e quantidade de substância entorpecente apreendida (12,5 g de cocaína) constitui elemento idôneo a fundamentar a fixação do regime inicial fechado, além de se tratar de réu contumaz (fl. 295).
Sustenta que as circunstâncias em que foi cometido o crime de tráfico ilícito de entorpecentes, no presente caso, indicam não ser socialmente recomendável a fixação do regime aberto para o agravado. Ora, a natureza das drogas, aliada às circunstâncias da prática delitiva demonstram a maior gravidade e reprovabilidade da conduta, o que, a meu ver, impede a fixação do regime intermediário (fl. 296).
Requer, assim, provimento do agravo regimental a fim de que seja restabelecido o regime fechado.
É o relatório.
O EXMO. SR. MINISTRO SEBASTIÃO REIS JÚNIOR (RELATOR): A insurgência não prospera.
No caso, o Tribunal a quo manteve o regime prisional fechado, afirmando que a quantidade e a potencialidade destrutiva do entorpecente arrecadado demandam uma maior censura à conduta ilícita, indicando que a fixação de regime menos severo não seria suficiente à reprovação e prevenção do crime (fl. 243).
Como disse na decisão ora impugnada, não obstante a fundamentação do regime ser idônea – quantidade e natureza da droga –, não se mostra razoável e proporcional a imposição do regime fechado no presente caso, em que a pena do condenado ficou em patamar inferior a 4 anos, inclusive com a pena-base já agravada pela quantidade e natureza da droga (12,5 g de cocaína – fl. 34).
Saliento que esta Corte já decidiu que é possível o estabelecimento do regime inicial aberto, ainda que existente circunstância judicial desfavorável (HC n. 408.154⁄SC, Ministro Jorge Mussi, Quinta Turma, DJe 27⁄9⁄2017).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
Número Registro: 2018⁄0346074-3 | HC 486.650 ⁄ MG |
MATÉRIA CRIMINAL |
EM MESA | JULGADO: 02⁄04⁄2019 |
IMPETRANTE | : | DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS |
ADVOGADOS | : | FLÁVIO RODRIGUES LELLES - MG073312 |
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS | ||
IMPETRADO | : | TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS |
PACIENTE | : | LUIS GUSTAVO DE MELLO CEZAR (PRESO) |
AGRAVANTE | : | MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL |
AGRAVADO | : | LUIS GUSTAVO DE MELLO CEZAR (PRESO) |
ADVOGADOS | : | FLÁVIO RODRIGUES LELLES - MG073312 |
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DE MINAS GERAIS |
Documento: XXXXX | Inteiro Teor do Acórdão | - DJe: 11/04/2019 |